A crença em vampiros nasceu há milênios de anos atrás, quando o homem descobriu que o sangue é a fonte da vida, e se espalhou pelo mundo todo. Em muitos lugares, como na Romênia - pátria de Drácula -, essa crença sobrevive ainda hoje.
O significado do vampirismo perde-se muito longe no passado, desde que o caçador primitivo descobriu que, juntamente com o sangue que sai de um animal, ou de um outro homem, a vida também escapa e se extingue. O sangue é a fonte da vitalidade. Por isso, os homens se besuntaram a si mesmos de sangue, e às vezes o beberam. Foi assim que a idéia de beber sangue para renovar a vitalidade entrou na historia.
A crença em vampiros é universal. Ela é documentada na antiga Babilônia, no Egito, em Roma, na Grécia e na China. Os relatos sobre vampiros existem em civilizações completamente separadas, entre as quais, quaisquer influências diretas foram impossíveis. O vampiro é conhecido por vários nomes - vrykolakes, brykilakas, barbarlakos, borborlakos ou bourdoulakos em grego moderno; katakhanoso ou baital em sânscrito antigo; upiry em russo; upiory em polonês; blutsäuge em alemão; etc. Os chineses antigos temiam o giang shi, um demônio que bebia sangue. Na China, os vampiros já existiam em 600 a.C.
Descrições de vampiros são encontradas nas antigas cerâmicas da Babilônia e da Assíria, milhares de anos antes de Cristo. A crença também floresceu no Novo Mundo, assim como no Antigo. Os peruanos pré-colombianos acreditavam numa classe de demônios chamados canchus ou pumapmicuc, os quais sugavam o sangue dos jovens adormecidos de modo a partilhar sua vida. Os astecas sacrificavam o coração dos prisioneiros ao sol, na crença de que seu sangue conservava a energia solar.
No começo da era cristã, o erudito Bhavabhuti escreveu contos clássicos indianos, inclusive 25 histórias de um vampiro que animava cadáveres e podia ser visto pendurado de cabeça para baixo numa árvore, como um morcego. O deus hindu Shiva partilha muitas semelhanças com os vampiros, tal como ser capaz de criar e de destruir ao mesmo tempo. A idéia de vampiro supõe o conceito oriental do eterno retorno, segundo o qual ninguém é realmente destruído, mas volta vezes sem fim em reencarnações.
Os vampiros tiram o sangue dos viventes, mas se misturam o seu sangue ao de sua vítima, essa pessoa se torna um morto-vivo, sobrevivendo à morte comum.
A prova de que os vampiros foram considerados essencialmente femininos, sem órgãos masculinos, vem de Santo Agostinho e dos primeiros padres da Igreja. Agostinho escreveu que os demônios tinham “imortalidade corporal e paixões como seres humanos”, mas não podiam produzir sêmen. Em vez disso, eles juntavam semens dos corpos de homens reais e os injetavam em mulheres adormecidas para engravidá-las. São Clemente testemunha que os demônios têm paixões humanas, mas “não órgãos, assim eles se voltam para os humanos para usar seus órgãos. Uma vez exercendo o controle desses órgãos, podem obter o que querem”.
Durante o século 18, um vampiro famoso chamado Peter Plogojowitz surgiu em uma pequena aldeia da Hungria. Após sua morte, em 1725, seu corpo foi desenterrado. Encontraram sangue fresco escorrendo de sua boca e seu corpo não aparentava os sinais de rigor mortis ou de decomposição. Assim, os camponeses locais imaginaram que se tratava de um vampiro e queimaram o corpo.
Em 1732, o caso do vampiro sérvio Arnold Paole, de Medvegia, estimulou a pesquisa científica do século 18 sobre vampiros. Em pleno ápice do racionalismo, em 1751, um erudito dominicano, Augustin Calmet, escreveu um tratado sobre vampiros na Hungria e na Morávia. As crenças em vampiros são particularmente fortes hoje no sudeste da Europa, especialmente entre os modernos gregos. A ilha sulina das Cíclades, em Santorini, é considerada maldita pelos vampiros que tem.
Muitos autores notaram esse fenômeno desde o século XVII. De fato, se um vampiro suspeito era descoberto na Grécia continental, embarcavam seu corpo em navio para Santorini, porque o povo de lá tinha uma longa tradição e uma vasta experiência a respeito de vampiros. Um velho dito grego fala em “trazer vampiros para Santorini”.
Os romenos em particular têm muitos nomes para uma grande variedade de vampiros. Por exemplo, o termo mais comum, strigoi (na sua forma feminina é strigoaica), é uma criatura demoníaca que dorme durante as horas do dia, voa à noite e pode tomar a forma animal de um lobo, um cão ou um pássaro, e chupa o sangue de crianças adormecidas. A fêmea é mais perigosa que o macho. Ela pode também destruir casamentos e colheitas, impedir vacas de darem leite e mesmo provocar doenças fatais e a morte. O pricolici romeno é um vampiro que pode aparecer nas formas humana, de cachorro e de lobo. Entre os romenos, os vampiros são sempre o mal, e suas jornadas para o outro mundo foram interrompidas, e eles são condenados a vagar entre os vivos por um tempo.
Uma das coisas que mostram que o vampirismo também é algo contra Deus e tudo o que é bom, são mais críveis por duas passagens censuráveis da Bíblida:
Deuteronômio 12:16 - (Poderá comer tanto o puro quanto o impuro, assim como se come a gazela e o cervo) "Mas você não poderá comer o sangue: derrame-o no chão como água."
Gênesis 9:4 - "Mas não comam carne com o sangue, que é a vida dela"
(isso também é usado em várias religiões, que abominam o ato de comer carne crua ou mal passada. Carne, apenas bem assada. Outras nem sequer comem carne.)