Doce Vampiro
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Doce Vampiro

Quando o leão se apaixona pelo cordeiro...
 
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 Primeiro Capítulo

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Sally Owens
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MensagemAssunto: Primeiro Capítulo   Primeiro Capítulo Icon_minitimeSeg 21 Jul 2008, 11:59 am

PREFÁCIO



Eu já tive muito mais experiências de quase morte do que era necessário, isso não é exatamente uma coisa a qual você se acostuma.
No entanto, enfrentar a morte novamente parecia estranhamente inevitável. Como se eu realmente estivesse marcada pelo desastre. Eu escapei vez após outra, mas ela continuava vindo atrás de mim.



Ainda assim, essa vez era tão diferente das outras.


Você pode correr de alguém que você teme, você pode tentar lutar com alguém que você odeia. Todas as minhas reações eram direcionadas a esses tipos de assassinos – os monstros, os inimigos.


Quando você ama a pessoa que está te matando, não te restam opções. Como você poderia correr, como você poderia lutar, quando fazer isso machucaria o seu amado? Se sua vida fosse tudo o que você tem a dar ao seu amado, como você seria capaz de não dá-la?


Se fosse alguém a quem você realmente ama?
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Capítulo   Primeiro Capítulo Icon_minitimeSeg 21 Jul 2008, 11:59 am

1. NOIVOS


Ninguém está te encarando, eu prometi a mim mesma. Ninguém está te encarando. Ninguém está te encarando.

Mas, como eu não conseguia mentir convincentemente nem para mim mesma, eu precisei dar uma checada.

Sentada esperando que os três semáforos da cidade ficassem verdes, eu olhei para a direita – em sua minivan, a Sra. Weber tinha virado o tórax inteiro em minha direção. Os olhos dela penetraram nos meus, e eu me inclinei pra trás, me perguntando porque ela não desviou o olhar ou pareceu envergonhada. Ainda era considerado rude encarar as pessoas, não era? Será que essa regra não era mais usada?

Foi ai que eu me lembrei que essas janelas eram tão escuras que ela provavelmente nem tinha idéia de que eu estava aqui, muito menos de que eu tinha pego ela olhando. Eu tentei encontrar algum conforto no fato de que ela não estava realmente olhando pra mim, apenas para o carro.

Meu carro. Suspiro.

Eu olhei para a esquerda e gemi. Dois pedestres estavam congelados na calçada, perdendo a chance de atravessar a rua enquanto olhavam. Atrás deles, o Sr. Marshall estava espiando através da janela de vidro de sua pequena loja de souvenirs. Pelo menos o nariz dele não estava pressionado contra o vidro. Ainda.

O semáforo ficou verde e, na minha pressa de escapar, eu pisei no acelerador sem pensar – a forma normal que eu teria pisado pra fazer a minha velha caminhonete Chevy sair do lugar.

Com o motor urrando como uma pantera, o carro saltou rapidamente pra frente que o meu corpo bateu no banco de couro preto, e meu estômago se comprimiu contra a minha espinha.

“Arg!” Eu resfoleguei enquanto procurava pelo freio. Usando a cabeça, eu apenas toquei no pedal. O carro parou completamente mesmo assim.

Eu não agüentei olhar ao redor pra ver as reações. Se antes havia alguma duvida sobre quem estava dirigindo este carro, agora já não existia. Com a ponta do meu sapato, eu gentilmente baixei um centímetro do acelerador, e o carro seguiu em frente novamente.

Eu consegui chegar onde queria, o posto de gasolina. Se eu não estivesse enlouquecendo, eu não precisaria ter que vir á cidade. Eu estava me virando sem um monte de coisas ultimamente, como... (?) e cadarços, pra evitar ficar em público.

Me movendo como se eu estivesse numa corrida, eu abri o tanque, tirei a capa, passei o cartão, e coloquei a mangueira no tanque em questão de segundos. É claro, não havia nada que eu pudesse fazer para que os números na bomba de gasolina andassem mais rápido. Eles... (?) fazendo barulhos, quase como se estivessem fazendo aquilo pra me aborrecer.

O dia não estava bonito – um típico dia chuvoso em Forks, Washington – mas eu ainda sentia como se um ponto se luz estivesse focado em mim, atraindo atenção para o delicado anel na minha mão esquerda. Em vezes como essa, sentindo os olhos nas minhas costas, eu me sentia como se o anel estivesse piscando feito um anúncio em néon: Olhe para mim, olhe para mim.

Era estúpido me sentir envergonhada, e eu sabia disso. Além do meu pai e da minha mãe, será que realmente importava o que as pessoas estavam dizendo sobre o meu noivado? Sobre o meu carro novo? Sobre a minha misteriosa entrada para a Ivy League? Sobre o meu cartão de crédito preto e brilhante que parecia tingido de vermelho no meu bolso de trás nesse exato momento?

“É, quem se importa com o que eles pensam?” Eu murmurei em voz baixa.
“Um, senhorita?” a voz de um homem chamou.
Eu me virei, e então desejei não ter feito isso.

Dois homens estavam parados ao lado de um jipe chique com caiaques novinhos amarrados no topo. Nenhum deles estava olhando para mim; os dois estavam olhando para o carro.

Pessoalmente, eu não entendi. Mas eles, eu estava orgulhosa de saber distinguir os símbolos entre Toyota, Ford e Chevy. Esse carro preto escuro, brilhante, e bonito, mas para mim era só um carro.
“ Eu lamento incomodar, mas será que você pode me dizer que carro é esse que você está dirigindo?” o mais alto me perguntou.
“Um, Mercedes, não é?”

“Sim”, o homem disse educadamente enquanto seu amigo mais baixinho rolava os olhos com a minha resposta. “Eu sei. Mas eu estava me perguntando, essa é... Você está dirigindo uma Mercedes Guardian?” O homem disse o nome com reverência. Eu tive a sensação de que esse homem se daria bem com Edward, meu... meu noivo (realmente não havia como fugir dessa verdade com o casamento a apenas alguns dias de distância). “Eles ainda nem estão disponíveis na Europa” o homem continuou. “Muito menos aqui”.

Enquanto os olhos dele traçavam os contornos do meu carro – pra mim ele não parecia diferente dos outros sedas Mercedes, mas o que eu sabia? – eu pensei brevemente nos meus problemas com palavras como noivo, casamento, marido, etc.

Eu simplesmente não conseguia coloca-las juntas na minha cabeça.

Por outro lado, eu fui criada pra me contorcer só de pensar nos vestidos brancos e volumosos e nos buquês. Mas mais do que isso, eu simplesmente não conseguia conciliar um conceito estável, respeitável, e chato de marido com o meu conceito de Edward. Era como comparar um arcanjo com um contador; eu não conseguia imagina-lo no papel de uma pessoa normal.

Como sempre, assim que eu comecei a pensar em Edward eu fiquei presa em um vendaval de fantasias delirantes. O estranho precisou limpar a garganta para chamar a minha atenção; ele ainda estava esperando uma resposta sobre o modelo e fabricação do meu carro.

“Eu não sei”, eu o disse honestamente.

“Você se importa se eu tirar uma foto com ele?”

Eu levei alguns segundos para processar isso. “Sério? Você quer tirar uma foto com o carro?”
“Claro – ninguém vai acreditar em mim se eu não tiver uma prova.”
“Um. Okay. Tudo bem.”


Eu rapidamente me desfiz da mangueira e me enfiei no banco da frente para me esconder enquanto o entusiasta tirava uma câmera grande, de aparência profissional da bolsa. Ele e seus amigos fizeram pose no capô, e então foram tirar fotos na traseira.

“Eu sinto falta da minha caminhonete”, eu sussurrei para mim mesma.

Muito, muito conveniente – conveniente demais – que minha caminhonete fizesse seus últimos barulhos apenas algumas semanas depois de Edward e eu termos firmado um compromisso, um detalhe que significava que ele podia repor a minha caminhonete quando ela passasse dessa para uma melhor. Edward jurou que isso já era de se esperar, pois minha caminhonete viveu uma vida longa e cheia e então morreu de causas naturais. Isso é o que ele diz. E, é claro, eu não tive como verificar a história que ele contou nem tentar trazer minha caminhonete de volta á vida por conta própria. Meu mecânico favorito – eu parei aquele pensamento imediatamente, me recusando a deixar que ele chegasse ao fim. Ao invés disso, eu ouvi as vozes dos homens do lado de fora, abafadas pelas paredes do meu carro.

“... ele foi em frente com uma chama na descarga naquele vídeo online. A tintura nem ficou queimada.”
“É claro que não. Você pode passar com um tanque em cima desse bebê. Isso não é muito negócio pra ninguém daqui. Ele foi designado em maioria pra diplomatas do Oriente Médio, traficantes de armas e de drogas.”

“Você acha que ela é alguém importante?” o baixinho perguntou com uma voz mais suave. Eu abaixei minha cabeça.
“Huh”, o alto disse. “Talvez. Não posso imaginar porque você precisaria de vidros á prova de mísseis e quatro mil quilos de proteção corporal num lugar como esse. Ela deve estar indo para algum lugar mais perigoso.”

Proteção corporal. Quatro mil quilos de proteção corporal. E vidros com blindagem á prova de mísseis? Legal. O que aconteceu com as velhas blindagens á prova de tiros?

Bom, pelo menos isso fazia sentido – se você tinha um senso de humor bastante doentio.

Não era como se eu não esperasse que Edward tirasse vantagem do nosso acordo, só pra balancear as coisas a seu favor pra que ele tivesse que dar muito mais do que ele receberia. Eu concordei que ele trocasse a minha caminhonete quando ela precisasse de reparos, sem esperar que isso acontecesse tão em breve, é claro. Quando eu fui forçada a admitir que a minha caminhonete havia se transformado num tributo de metal aos Chevys clássicos, eu sabia que a idéia dele de troca ia me envergonhar. Me tornaria foco de olhares e sussurros. Mas nem nas minhas imaginações mais obscuras eu previ que ele me compraria dois carros.

O carro “de antes”. Ele me disse que era um empréstimo e me prometeu que o devolveria depois do casamento. Isso tudo não fazia nenhum sentido pra mim.

Até agora.

Ha ha. Como eu era uma humana tão frágil, tão propensa a acidentes, tão vítima da minha própria perigosa falta de sorte, aparentemente eu precisava de um carro que fosse resistente a um tanque pra me manter segura. Hilário. Eu tinha certeza de que ele e seus irmãos gostaram bastante da piada pelas minhas costas.

Ou talvez, apenas talvez, uma pequena voz sussurrou na minha cabeça, não seja uma piada, bobinha. Talvez ele realmente esteja muito preocupado com você. Essa não seria a primeira vez que ele passou um pouco dos limites tentando me proteger.

Eu suspirei.

Eu ainda não vi o carro “de depois”. Ele o escondeu embaixo de uma capa no canto mais distante da garagem dos Cullen. Eu sei que a maioria das pessoas já teria espiado a essa altura, mas eu realmente não queria saber.

Provavelmente não havia proteção corporal naquele carro – porque eu não precisaria de proteção depois da lua de mel. Indestrutibilidade quase literal era uma das coisas pelas quais eu estava esperando. A melhor parte de ser um Cullen não era ter carros caros e cartões de créditos impressionantes.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Capítulo   Primeiro Capítulo Icon_minitimeSeg 21 Jul 2008, 12:00 pm

“Hey”, o homem alto chamou, colocando as mãos no vidro no esforço de espiar do lado de dentro. “Nós já acabamos. Muito obrigado!”
“De nada” eu respondi, e então fiquei tensa enquanto ligava o motor e apertava o acelerador – muito delicadamente – pra baixo...

Não importava quantas vezes eu dirigisse na estrada familiar no caminho pra casa, eu ainda não conseguia fingir que os posters molhados da chuva não estavam lá. Cada um deles, pregado em postes telefônicos e colados em placas de rua, era como um tapa de luz no rosto. Um tapa bem merecido.

Minha mente era sugada de volta ao pensamento. Eu o havia interrompido tão rapidamente antes. Eu não consegui evitar isso nessa rua. Agora, com as fotos do meu mecânico favorito passando rapidamente por mim em intervalos regulares.
Meu melhor amigo. Meu Jacob.

Os posters de VOCÊ VIU ESSE GAROTO? não foram idéia do pai de Jacob. Foi o meu pai, Charlie, quem imprimiu os panfletos e os espalhou por toda a cidade. E não apenas em Forks, mas em Port Angeles e Sequim e Hoquiam e Aberdeem e em todas as cidades da Península Olímpica... Ele cuidou para que todas as delegacias em todo o estado de Washington tivessem o mesmo panfleto em suas paredes também. Sua própria delegacia tinha um quadro inteiro dedicado a encontrar Jacob também. Um quadro que estava quase inteiramente vazio, pra sua decepção e frustração.

Meu pai estava decepcionado com muito mais do que a falta de resposta. Sua maior decepção era com Billy, o pai de Jacob – e o amigo mais próximo de Charlie.

Por causa da falta de envolvimento de Billy no desaparecimento do seu “fugitivo” de dezesseis anos. Porque Billy se recusou a colocar os panfletos em La Push, a reserva na costa que era a casa de Jacob. Porque ele parecia estar resignado com o desaparecimento de Jacob, como se não houvesse nada que ele pudesse fazer. Por ele dizer “Jacob é crescido agora. Ele voltará pra casa quando ele quiser.”

E ele estava frustrado comigo por ficar do lado de Billy.

Eu também não pendurei panfletos. Porque tanto eu quanto Billy sabíamos onde Jacob estava, figuradamente falando, e nós também sabíamos que ninguém tinha visto esse garoto.

Os panfletos colocaram aquele caroço de costume na minha garganta, as lágrimas de costume nos meus olhos, e eu fiquei feliz por Edward estar viajando em caça nesse Sábado. Se Edward visse a minha reação, isso o faria se sentir terrível também.
É claro, haviam pontos ruins em ser Sábado. Enquanto eu virava lentamente em minha rua, eu podia ver a viatura policial do meu pai na entrada de casa. Ele deixou a pescaria de lado hoje de novo. Ainda fazendo beicinho pelo casamento.

Então eu não seria capaz de usar o telefone lá dentro. Mas eu precisava ligar...

Eu estacionei na curva, atrás da escultura de Chevy e peguei o telefone que Edward me deu para emergências no porta luvas. Eu disquei, mantendo o meu dedo no botão “end”. Só pela dúvida. “Alô?’ Seth Clearwater atendeu, e eu suspirei aliviada. Eu era covarde demais pra falar com sua irmã mais velha, Leah. A frase “me morda” não era exatamente uma figura de expressão quando se tratava de Leah.

“Hey, Seth, é Bella”.
“Oh diz aê, Bella! Como você está?”
Chocada. Desesperada por notícias. “Bem.”
“Ligando por notícias?”
“Você é um vidente.”
“Dificilmente. Eu não sou nenhuma Alice – só que você é previsível”, ele brincou. Entre o bando Quileute de La Push, Seth era o único que se sentia confortável de sequer mencionar o nome dos Cullen, quanto mais fazer piada sobre a minha futura cunhada que sabia praticamente tudo.
“Eu sei que sou” Eu hesitei por um minuto. “Como ele está?”

Seth suspirou. “Como sempre. Ele não fala, apesar de sabermos que ele nos ouve. Ele está tentando não pensar como humano, sabe. Apenas com os instintos”.
“Você sabe onde ele está agora?”
“Algum lugar ao norte do Canadá. Eu não sei te dizer em que província. Ele não presta muita atenção em limites estaduais.”
“Alguma dica de que ele possa...”
“Ele não vai voltar pra casa, Bella. Desculpa.”
“Eu engoli. “Tudo bem, Seth. Eu já sabia antes de ter perguntado. Eu não posso evitar esperar.”
“É. Nós nos sentimos do mesmo jeito.”
“Obrigada por me informar, Seth. Eu sei que os outros devem dificultar as coisas pra você.”
“Eles não são os seus maiores fãs” ele concordou alegremente. “Meio bobo, eu acho. Jacob fez as escolhas dele, você fez as suas. Jake não está gostando das atitudes deles. É claro que ele também não está super feliz por você estar recebendo notícias dele.
Eu resfoleguei. “Eu pensei que ele não estivesse falando com vocês.”
“Ele não consegue esconder tudo de nós, mesmo estando tentando muito.”

Então Jacob sabia que eu estava preocupada. Eu não tinha certeza de como me sentia em relação a isso. Bom, pelo menos ele sabia que eu não havia caminhado em direção ao pôr do sol e esquecido dele completamente. Ele podia ter me imaginado capaz de fazer isso.

“Eu acho que te vejo no... casamento.” Eu disse, forçando a palavra entre os meus dentes.
“É, eu e minha mãe estaremos lá. Foi legal da sua parte nos convidar.”

Eu sorri pelo entusiasmo na voz dele. Apesar de que convidar os Clearwater tenha sido idéia de Edward, eu estava feliz por ele ter pensado nisso. Ter Seth lá seria legal – uma conexão, mesmo que tenaz, ao meu padrinho desaparecido. “Não seria o mesmo sem você”.
“Diga a Edward que eu mandei um oi, ok?”
“Com certeza”.

Eu balancei minha cabeça. A amizade que surgiu entre Edward e Seth era uma coisa que ainda confundia a minha mente. Era uma prova, no entanto, de que as coisas não precisavam ser daquele jeito. Que lobisomens e vampiros podiam se dar muito bem, muito obrigada, se eles quisessem isso.

Nem todo mundo gostava dessa idéia.

“Ah”, Seth disse, sua voz aumentando uma oitava. “Leah está em casa.”
“Oh! Tchau!”
O fone ficou mudo. Eu o deixei no assento e me preparei psicologicamente para entrar em casa, onde Charlie estaria esperando.

Meu pobre pai tinha que lidar com muitas coisas agora.

O sumiço de Jacob era apenas um doas fardos que ele tinha que levar em suas costas sobrecarregadas. Ele estava quase tão preocupado quanto eu sobre a minha transformação em uma Sra. em apenas alguns dias.

Eu caminhei lentamente através da chuva fraca, lembrando da noite em que contamos a ele...

Enquanto o som da viatura de Charlie anunciava a sua chegada, o anel de repente pesou cem quilos na minha mão. Eu queria enfiar a minha mão esquerda no bolso, ou talvez sentar nela, mas o aperto calmo e firme de Edward a manteve á frente e ao centro.

“Não fique nervosa, Bella. Por favor tente lembrar que você não está confessando um assassinato”.
“Fácil pra você dizer”

Eu ouvi o conhecido som das botas do meu pai batendo na calçada. A chave girou na porta já aberta. A porta bateu contra a parede e eu enrijeci como se tivesse levado um choque.
“Hey, Charlie”, Edward falou inteiramente relaxado.
“Não!” Eu assoviei baixinho.
“O que foi?” Edward sussurrou de volta.
“Espere até ele levantar a arma!”
Edward gargalhou e passou sua mão livre pelo seu cabelo cor de bronze bagunçado.

Charlie apareceu na curva, ainda usando seu uniforme, ainda armado, e tentando não fazer uma careta quando viu nós dois sentados juntos no sofá. Ultimamente ele estava se esforçando bastante pra gostar mais de Edward. É claro, aquela revelação certamente iria acabar com esses esforços.
“Oi, garotos. Que está havendo?”
“Nós gostaríamos de conversar com você” Edward disse. “Nós temos boas notícias”.

A expressão de Charlie foi de forçadamente amigável á suspeitas obscuras em um segundo.
“Boas notícias?” Charlie urrou, olhando diretamente pra mim.
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Capítulo   Primeiro Capítulo Icon_minitimeSeg 21 Jul 2008, 12:00 pm

“Sente-se pai”
Ele ergueu uma sobrancelha, me encarou por cinco segundos, e aí foi até a cadeira reclinável e se sentou bem na pontinha, suas costas estavam retas como um pedaço de pau.
“Não fique nervoso, pai” Eu disse depois de um momento de silêncio forçado. “Está tudo bem.”
Edward fez uma careta, e eu sabia que isso era uma objeção a palavra “bem”. Ele provavelmente teria usado algo parecido com “maravilhoso” ou “perfeito” ou “glorioso”.
“Claro que sim, Bella. Claro que sim. Se está tudo bem porque você está suando como um porco?”
“Eu não estou suando”, eu menti.

Eu me desviei de sua careta penetrante, me apertando contra Edward, e instintivamente passei a mão direita pela minha testa para apagar as evidências.

“Você está grávida!” Charlie explodiu. “Você está grávida, não está?”

Apesar da pergunta provavelmente ser pra mim, agora ele estava olhando pra Edward, e eu podia jurar que vi a mão dele se fechando na arma.

“Não! É claro que eu não estou!” Eu queria dar uma cotovelada nas costelas de Edward, mas eu sabia que isso ia me deixar com um hematoma. Eu disse a Edward que as pessoas iam imediatamente chegar a essa conclusão! Que outra razão possível pessoas sãs se casariam aos dezoito anos? (A resposta dele a isso me fez revirar os olhos. Amor. Certo.) O olhar de Charlie limpou um pouco. Geralmente ficava muito claro no meu rosto quando eu estava falando a verdade, e agora ele acreditava em mim. “Oh, desculpe.”
“Desculpas aceitas.”

Houve uma longa pausa. Depois de um momento eu percebi que todos estavam esperando que eu dissesse alguma coisa. Eu olhei pra Edward, paralisada de pânico. Não tinha jeito de me fazer botar as palavras pra fora. Ele sorriu pra mim e enquadrou os ombros e então se virou para meu pai.

“Charlie, eu sei que as coisas estão fora de ordem. Tradicionalmente, eu devia ter te pedido antes. Eu não tenho a intenção de te desrespeitar, mas já que Bella já disse sim e eu não quero menosprezar a escolha dela nesse assunto, ao invés de te pedir a mão dela, eu te peço sua benção. Nós vamos nos casar, Charlie. Eu a amo mais do que tudo no mundo, mais do que a minha própria vida e – graças a algum milagre – ela me ama da mesma forma. Você nos dará a sua benção?”

Ele soou tão seguro, tão calmo. Por apenas um instante, escutando àquela absoluta certeza na voz dele, eu experimentei um raro momento de insight. Eu pude ver, rapidamente a forma que todos olhavam pra ele. Durante um bater de coração, esta noticia fez total sentido.

E ai eu vi o rosto inexpressivo de Charlie, os olhos dele agora estavam grudados no anel.

Eu prendi a respiração enquanto a pele dele mudava de cor – de normal a vermelha, de vermelha a roxa, de roxa a azul, eu comecei a me levantar – eu não sei o que eu estava planejando fazer; talvez fazer a manobra Heimlich pra ter certeza de que ele não estava engasgando – mas Edward apertou minha mão e murmurou “Dê um minuto a ele” tão baixinho que só eu pude ouvir.

Dessa vez o silêncio foi muito mais longo. Então, gradualmente, tom por tom, a cor de Charlie voltou ao normal. Os lábios dele se comprimiram, e suas sobrancelhas se uniram; eu reconheci sua expressão “pensando profundamente”. Ele estudou nós dois por um longo momento, e eu senti Edward relaxar ao meu lado.

“Acho que não estou tão surpreso”, Charlie murmurou. “Eu sabia que teria eu lidar com isso em algum momento em breve”.

Eu soltei o ar.

“Você está certa disso?” Charlie quis saber, me encarando.
“Eu tenho cem por cento de certeza de Edward” eu o assegurei sem perder tempo.
“Mesmo assim, se casar? Pra que a pressa?” Ele me olhou com suspeitas novamente.

A pressa era porque eu estava me aproximando dos dezenove anos a cada dia que se passava, enquanto Edward ficava congelado em sua perfeição dos dezessete anos. Não que esse fato se associasse a casamento no meu livro, mas o casamento era necessário devido a um delicado e complicado compromisso que Edward e eu temos pra chegar a esse ponto, o tijolo que leva a qualquer transformação de mortal a imortal.

Essas eram coisas que eu não podia explicar a Charlie.

“Nós estamos indo para Dartomouth juntos no outono, Charlie”, Edward lembrou ele. “Eu gostaria de fazer isso, bem, da forma correta. Foi assim que eu fui criado”. Ele encolheu os ombros.

Ele não estava exatamente exagerando; eles tinham moral antiquada durante a primeira guerra mundial.

A boca de Charlie torceu para um lado. Procurando por alguma coisa com a qual discutir. Mas o que ele podia dizer? Eu preferiria que você vivesse pecaminosamente primeiro? Ele era um pai; suas mãos estavam atadas.

“Eu sabia que isso aconteceria”, ele murmurou pra si mesmo, fazendo uma careta. Então, de repente, seu rosto ficou perfeitamente suave e desanuviado.

“Papai?” Eu perguntei ansiosamente. Eu olhei pra Edward, mas eu também não consegui ler seu rosto, enquanto ele olhava pra Charlie.

“Ha!” Charlie explodiu. Eu pulei no meu assento. “Ha, ha, ha!”

Eu o encarei incredulamente enquanto Charlie de dobrava de tanto rir, seu corpo todo de balançando.
Eu olhei pra Edward para ter uma tradução, mas os lábios de Edward estavam fechados com força, como se ele mesmo estivesse tentando segurar o riso.

“Okay, está certo.” Charlie tossiu. “Se casem” Outra onda de risos o balançou. “Mas...”
“Mas o quê?” Eu quis saber.
“Mas você precisa contar a sua mãe! Eu não vou dizer uma palavra a Renée! Isso é por sua conta!” Ele explodiu em risadas escandalosas.



Eu parei com a mão na maçaneta, sorrindo. Claro, naquele tempo, as palavras dele me aterrorizaram. O destino final; contar a Renée. Casamento durante a juventude estava na lista negra dela acima de matar filhotes de cãezinhos.

Quem podia ter adivinhado a reação dela? Eu não. Certamente não Charlie. Talvez Alice, mas eu não pensei em pergunta-la.

“Bem, Bella”, Renée disse depois que eu tossi e gaguejei as palavras impossíveis: Mamãe, eu vou casar com Edward. “Eu estou um pouco aborrecida por você ter demorado tanto pra me contar. Passagens de avião estão ficando mais caras. Ohhhh”, ela temeu. “Você acha que Phil já vai ter tirado o gesso até lá? Se ele não estiver usando terno isso vão arruinar as fotos”.
“Espera um segundo, mãe”, eu resfoleguei. “O que você quer dizer com esperar tanto tempo? Eu acabei de no-no...” – eu não fui capaz de botar a palavra noivar pra fora – “acertar as coisas, sabe, hoje.”
“Hoje? Mesmo? Isso é uma surpresa. Eu achei...”
“ O que você achou? O que você achou?”
“Bem, quando você veio me visitar em Abril, parecia que as coisas já estavam arranjadas, se é que você sabe o que eu quero dizer. Você não é muito difícil de ler, queridinha. Mas eu não quis dizer nada, porque eu sabia que não tinha utilidade nenhuma. Você é exatamente como Charlie.” Ela suspirou, resignada. “Quando você resolve uma coisa, não tem como tentar ser razoável com você. É claro, assim como Charlie, você mantém a sua decisão também.
“Você não está repetindo os meus erros, Bella. Você parece estar assustada bobinha, e eu acho que seja porque você estava com medo de mim”. Ela gargalhou. “Ou do que eu vou pensar. E eu sei que eu disse um monte de coisas sobre o meu casamento e a minha estupidez – e eu não vou morder minha língua – mas você precisa entender que aquelas coisas se aplicavam especificamente a mim. Você é uma pessoa completamente diferente de mim. Você comete os seus próprios tipos de erros, e eu tenho certeza que você terá a sua parcela de arrependimentos na vida. Mas compromisso nunca foi o seu problema, queridinha. Você tem uma chance melhor de fazer isso funcionar do que muitas quarentonas que eu conheço”. Renée sorriu de novo. “Minha pequena criança de meia idade. Por sorte, parece que você encontrou outra alma de meia idade –“
“Você não está... com raiva? Você não acha que eu estou cometendo um erro gigantesco?”
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MensagemAssunto: Re: Primeiro Capítulo   Primeiro Capítulo Icon_minitimeSeg 21 Jul 2008, 12:01 pm

“Bem, eu com certeza gostaria que você esperasse mais alguns anos. Quer dizer, você acha que eu pareço velha o suficiente pra ser uma sogra? Não responda. Mas isso não se trata de mim. Você está feliz?”
“Eu não sei. Eu estou tendo uma experiência fora do meu corpo nesse momento”.
Renée gargalhou. “Ele te faz feliz, Bella?”
“Sim, mas –“
“Você vai querer outra pessoa algum dia?”
“Não, mas –“
“Mas o quê?”
“Mas você não vai dizer que eu pareço uma adolescente apaixonada como qualquer outra desde o início dos tempos?”
“Você nunca foi uma adolescente, queridinha. Você sabe o que é melhor pra você”.

Pelas últimas semanas, Renée mergulhou inadvertidamente em planos de casamento. Ela passava horas todos os dias no telefone com a mãe de Edward, Esme – não havia problemas em parentes se darem bem. Renée adorou Esme, mas também, eu duvidava que alguém pudesse reagir de outra forma á minha adorável quase sogra.

Isso me deixou por fora. A família de Edward e a minha estavam cuidando juntas das núpcias sem que eu tivesse que fazer nada ou saber e nem pensar demais nisso.

Charlie estava furioso, é claro, mas o lado bom era que ele não estava furioso comigo. A traidora era Renée. Ele estava contando com ela pra ser tirana. O que ele podia fazer agora, quando a sua última ameaça – contar a mamãe – acabou dando em nada? Ele não tinha nada, e sabia disso. Então ele ficava vagando em casa, murmurando coisas sobre não se poder mais confiar em ninguém nesse mundo...

“Pai?” Eu chamei enquanto abria a porta da frente. “Estou em casa”.
“Espere, Bella, fique bem ai”.
“Huh?” Eu parei automaticamente.
“Me dê um segundo. Ouch, você conseguiu, Alice”.
Alice?

“Desculpa, Charlie”, a voz alegre de Alice respondeu. “Como está?”
“Eu estou sangrando”.
“Você está bem. A pele não foi ferida - confie em mim”.
“O que está acontecendo?” Eu quis saber, hesitando na entrada.
“Trinta segundos, por favor, Bella” Alice me disse. “Sua paciência será recompensada”.
“Humph”, Charlie adicionou.
Eu bati o pé, contando cada batida. Antes de ir até a nossa sala de estar.
“Oh”, eu perdi o fôlego. “Aw, pai. Você está –“
“Boboca?” Charlie interrompeu.
“Eu estava pensando em algo mais parecido com ‘elegante’.”
Charlie ruborizou. Alice pegou o cotovelo dele e o rodou lentamente pra que ele mostrasse o terno cinza pálido.
“Pára com isso, Alice. Eu pareço um idiota”.
“Ninguém vestido por mim fica parecendo um idiota”.
“Ela está certa, pai. Você está fabuloso! Qual é a ocasião?”
Alice revirou os olhos. “É a última prova de roupa. Pra vocês dois.”

Eu tirei meus olhos da elegância não habitual de Charlie e pela primeira vez vi a bolsa branca estufada deitada cuidadosamente no sofá.
“Ahhh”.
“Vá pro seu cantinho feliz, Bella. Não vai demorar”.

Eu respirei fundo e fechei os olhos. Mantendo-os fechados, eu procurei o meu caminho subindo as escadas até o meu quarto. Eu fiquei de lingerie e estiquei os braços.
“Parece até que eu estou enfiando farpas de bambu embaixo das suas unhas.” Alice murmurou pra si mesma enquanto me seguia.
Eu não prestei atenção nela. Eu estava no meu cantinho feliz.
No meu cantinho feliz, toda a bagunça do casamento estava acabada e pronta. Atrás de mim. Já reprimida e esquecida.
Nós estávamos sozinhos, só Edward e eu. A paisagem era confusa e estava frequentemente em fluxo – ela passava de uma floresta nebulosa pra uma cidade coberta de nuvens pra uma noite ártica – porque Edward estava mantendo o local da nossa lua de mel em segredo pra mim. Mas eu não estava particularmente preocupada com essa parte.
Edward e eu estávamos juntos, e eu tinha cumprido a minha parte do compromisso perfeitamente. Eu casei com ele. Essa era a parte maior. Mas eu também aceitei todos os seus presentes ultrajantes e me registrei, mesmo que futilmente, pra comparecer na Universidade de Dartmouth no outono. Agora era a vez dele.
Antes de me transformar em vampira – a grande promessa dele – ele tinha estipulado mais uma condição pra mim.

Edward tinha uma preocupação obsessiva com as coisas humanas que eu estaria deixando pra trás, as experiências que ele não queria que eu perdesse. Mas havia apenas uma experiência na qual eu estava insistindo. É claro que essa era a que ele queria que eu tivesse esquecido.
No entanto, aqui estava o problema. Eu sabia no que eu me transformaria quando estivesse tudo acabado. Eu vi vampiros recém-nascidos em primeira mão, e eu tinha ouvido todas as histórias da minha futura família sobre a selvageria dos primeiros dias. Por vários anos, minha primeira personalidade ia ser “sedenta”. Ia levar algum tempo até que eu fosse eu mesma novamente. E mesmo quando eu estivesse sob controle de mim mesma, eu jamais me sentiria exatamente da forma que me sinto agora.
Humana... e apaixonadamente apaixonada.

Eu queria a experiência completa antes de trocar meu corpo quente, quebrável e guiado por hormônios por algo lindo, forte... e desconhecido. Eu queria uma lua de mel de verdade com Edward. E a despeito do perigo ao qual ele achava que ia me submeter, ele concordou em tentar.
Eu estava apenas vagamente cônscia da presença de Alice e do cetim passando pelo meu corpo. Durante aquele momento, eu não me importei com o que a cidade inteira estava pensando de mim. Eu não pensava no espetáculo que teria que estrelar em breve. Eu não me importei em tropeçar na minha grinalda e rir na hora errada ou em ser jovem demais ou a multidão me encarando e nem sequer no assento vazio onde o meu melhor amigo estaria.

Eu estava com Edward no meu cantinho feliz.
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